quarta-feira, 23 de março de 2011

Terapia dos Esquemas

Jeffrey Young desenvolveu um tipo de terapia dentro do modelo cognitivo-comportamental, o qual denominou de Terapia dos Esquemas. Inicialmente pensou nessa abordagem para tratar os transtornos de personalidade (ex. borderline, narcisista, antissocial, obsessivo-compulsivo, etc...).

Pessoas com esse tipo de transtorno possuem traços de personalidade muito inflexíveis e mal ajustados à sociedade; possuem pouca aderência e motivação para terapia. Pensando nesses casos, Young criou a Terapia dos Esquemas, a qual possui algumas variações frente à TCC tradicional. Como as pessoas podem possuir um maior ou menor identificação com alguns dos esquemas, essa terapia pode também ser estendida a pessoas sem transtornos de personalidade.

Esses esquemas, os quais são a base da terapia de Young, compreendem (são formados por) memórias, emoções, sensações corporais e cognições e, constituem a base para a codificação, categorização e avaliação das experiências e estímulos que as pessoas encontram e lidam no seu dia a dia.

“O esquema direciona o seu pensamento. Quando os pacientes têm pensamentos automáticos negativos, esses foram gerados pelo esquema, que o propulsionou. Por exemplo, se você tem um esquema de defectividade (achar que está devendo), isso vai gerar pensamentos automáticos como “Eu sou uma pessoa ruim” (Young). Atitudes disfuncionais também são dirigidas pelos esquemas. Young e Beck postulam que o esquema é o nível mais profundo das cognições e que todo o restante surge do esquema.

A terapia focada no esquema compartilha os elementos que caracterizam a terapia cognitiva, sendo esses: o uso de técnicas de mudança sistemáticas, ênfase nas tarefas de casa, relacionamento terapêutico colaborativo e uso de uma abordagem empírica, onde a análise das evidências tem papel importante na mudança de esquemas.

Um diferencial na condução da Terapia dos Esquemas para a TCC tradicional é que a primeira, divide-se em dois momentos igualmente importantes: o primeiro consiste na identificação e avaliação dos esquemas iniciais desadaptativos presentes e consequentemente na escolha e planejamento das técnicas e instrumentos que serão utilizados e aplicados ao longo de todo o processo terapêutico. O segundo momento é direcionado à mudança desses esquemas, permeado por intervenções cognitivas, comportamentais, experienciais e interpessoais.

A meta do tratamento é aumentar o controle consciente do paciente sobre os seus esquemas. Para isso, são trabalhados alguns pontos, os quais visam auxiliar e facilitar esse processo para o paciente, sendo o enfraquecimento das memórias, sensações corporais, cognições e comportamentos ligados ao esquema, parte desse trabalho. A consciência psicológica, ou seja, a percepção e atenção do paciente frente a seus esquemas e quando eles estão sendo ativados ou perpetuados (reforçados) é objetivo fundamental a ser perseguido.

Esse ponto é essencial na Terapia dos Esquemas, pois caso o paciente não tenha essa consciência, ele não tem possibilidade de mudar o rumo dos pensamentos e comportamentos que reforçam esse esquema (repetição crônica de padrões negativos provindos da infância e recriação involuntária, na vida adulta, das condições prejudiciais da infância que mantém os esquemas), além de permanecer à mercê do mesmo e tornando-os cada vez mais fortes e arraigados. Três mecanismos básicos perpetuam os esquemas:

- As distorções cognitivas: percebe os eventos e situações de maneira distorcida, reforçando o esquema ou negando o que o contradiz;

- Os padrões de vida autoderrotistas: escolhe situações e relacionamentos (na maioria das vezes inconscientemente) os quais são mantenedores dos esquemas e evita outros que poderiam ajudá-los ou “curá-los”;

- Os estilos de enfrentamento dos esquemas – comportamento do indivíduo para lidar com o esquema, ou seja, a estratégia utilizada para lidar com o mesmo.

São três os estilos de enfrentamento: resignação, evitação e hipercompensação:

• Resignação: Rendição ao esquema, aceitação do mesmo (considerá-lo como verdadeiro) e ter comportamentos que o fortaleçam, perpetuando-o. Congelamento, nem luta, nem fuga.

• Evitação: Fuga da dor gerada pela ativação do esquema. Não o confronta, o nega.

• Hipercompensação: Enfrentamento do esquema pensando, sentindo e comportando-se como se o oposto do esquema fosse verdadeiro. As reações tendem a ser o oposto das vividas na infância, sendo por um lado saudável, mas há a tendência de contra-atacar utilizando-se de comportamentos exagerados, insensíveis e inadequados. Luta, fazer o contrário.

Para Young, nessa terapia é “fundamental encontrar os motivos das dificuldades hoje sentidas pelo cliente, avaliar todos os esquemas e paradigmas criados na sua mente e analisar o que foi por ele construído, para que esses esquemas pudessem ganhar força e forma”. Após esse levantamento, passa-se a intervenção mais consistentemente.

Um dos pontos de intervenção que diferem em grande nível da TCC tradicional, é a busca desenvolvimento dessa terapia, da conexão do paciente com suas emoções ou conteúdos emocionais “adormecidos”. Young postula que desviar a atenção ou evitar as experiências de vida que possam trazer ou repercutir em emoções negativas, impede que a pessoa combata a validade das suas crenças, fazendo com que os esquemas mentais e emocionais não sejam trazidos à superfície e, deste modo, não recebam tratamento.

Muitas vezes, é dessa maneira que as psicopatologias são construídas, ou seja, através desses círculos viciosos. Young também coloca uma importante ênfase no relacionamento terapêutico, tornando esse parte fundamental da mudança no processo. Em uma entrevista, Young disse: “Eu acredito que a forma de mudar os esquemas é trabalhando diretamente com a relação terapêutica, através de uma experiência emocional corretiva, o que significa que o terapeuta vai criar uma nova experiência para o cliente na relação terapêutica e que isso vai mudar a forma como o paciente se relaciona com as pessoas em geral. Assim, quando os pacientes saem da terapia, eles se relacionam melhor com as pessoas. (...) A terapia é um instrumento para dar ao paciente novas experiências que combatam os seus esquemas iniciais. Se você tem um esquema de que as pessoas vão mentir para você, trair você, e você tem uma relação terapêutica em que o terapeuta lhe diz diretamente o que ele sente, é honesto com você, você tem uma nova experiência agora, e isso muda seu esquema.”

Desse modo, o terapeuta não só interpreta, analisa ou explica as necessidades do paciente, mas também as supre. Isso é o que ele denomina de “reparentamento limitado”, ou seja, o psicoterapeuta supre as necessidades do paciente, não atendidas na infância, dentro dos limites da terapia. Essa nova possibilidade de relacionamento faz com que o paciente sinta as coisas de uma maneira diferente, o que permite que a mudança seja mais profunda do que se ele refletisse ou examinasse esse conteúdo.

A Terapia do Esquema tem uma trajetória longa e árdua e, envolve a mudança comportamental, à medida que os pacientes aprendem a substituir estilos de enfrentamento desadaptativos por padrões comportamentais adaptativos. No entanto, os esquemas nunca desaparecem por completo, apenas ativam-se com menor frequência e o sentimento associado não é tão intenso. Os pacientes têm então uma visão mais positiva de si mesmos, escolhem relacionamentos mais amorosos e respondem à ativação de seus esquemas de forma mais saudável através da consciência psicológica dos mesmos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Entenda os comportamentos disfuncionais e de onde eles vêm - Parte II

Na teoria do psicólogo americano Jeffrey Young são apresentados 18 esquemas iniciais desadaptativos (EIDs) considerados centrais na cognição humana (consulte tabela no final da página). Grosso modo, isso significa como sua percepção frente à realidade impede sua adaptação a ela mesma. Entenda mais sobre o conceito desses esquemas no texto anterior.

Esses esquemas se encontram inseridos em cinco domínios relacionados com necessidades emocionais não satisfeitas:

a) Domínio de desconexão e rejeição: expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, cuidado, aceitação, empatia e respeito não serão satisfeitas de maneira previsível, causando a incapacidade de formar vínculos seguros e satisfatórios com outras pessoas.
Características da família de origem (onde foi criado): fria, desligada, rejeitadora, isoladora, imprevisível ou abusadora.

- Privação Emocional: expectativa do indivíduo de que seu desejo de conexão emocional não será satisfeito adequadamente; inclui-se as seguintes formas de privação:

1- privação de cuidado: ausência de atenção, afeto, carinho ou companheirismo);

2- privação de empatia: ausência de compreensão, escuta, postura aberta, comprometimento mútuo de sentimentos;

3- privação de proteção: ausência de força, direção ou orientação por parte de outros.

- Abandono/instabilidade: percepção de que os outros com quem poderia se relacionar são instáveis e indignos de confiança. Envolve a sensação de que pessoas significativas não serão capazes de continuar proporcionando apoio emocional, ligação, força ou proteção porque seriam emocionalmente instáveis e imprevisíveis (por ex. teriam acessos de raiva), não mereceriam confiança ou porque poderiam a qualquer momento abandonar ou não estarem presentes quando se precisasse delas.

- Desconfiança/abuso: convicção de que as pessoas irão usá-los para fins egoístas
(abusarão, machucarão, magoarão, humilharão, mentirão, enganarão ou manipularão ou se aproveitarão). Geralmente, envolve a percepção de que o prejuízo é intencional ou resultado de negligência injustificada ou extrema. Pode incluir a sensação de que sempre se acaba sendo enganado por outros ou “levando a pior”.

- Isolamento social/alienação: sentimento de que se está isolado do mundo, de que se é diferente, de não se adequar ou não pertencer a quaisquer grupos ou comunidades.

- Defectividade/vergonha: sentimento de que é defectivo (está sempre devendo), falho, mau, indesejado, inferior ou inválido em aspectos importantes. Logo, não seria digno de receber amor, caso se expusesse. Pode envolver hipersensibilidade à crítica, rejeição e postura acusatória; constrangimento, comparações e insegurança quando se está junto de outros, ou vergonha dos defeitos percebidos. Essas falhas/defeitos podem ser privadas (como egoísmo, impulsos de raiva, desejos sexuais inaceitáveis) ou públicas (como aparência física indesejável, inadequação social).

b) Domínio de autonomia e desempenho prejudicados: expectativa de pouca capacidade de sobreviver e funcionar de forma independente e satisfatória. Dificuldade na separação com a família de origem.
Características da família de origem: superprotetora, emaranhada, destruidora da confiança da criança; não consegue reforçar a criança a ter um desempenho competente fora da família.

- Fracasso: crenças de fracasso (fracassou ou fracassará) e de inadequação em relação
aos seus pares em conquistas acadêmicas, ocupacionais, esportivas, entre outras. Costuma envolver a crença de que se é burro, inapto, sem talento, ignorante, inferior, menos bem-sucedido, etc. do que os outros.

- Dependência/incompetência: crença de que é incapaz de exercer as responsabilidades do dia a dia de uma maneira competente, sem a ajuda dos outros (por ex: cuidar de si mesmo, resolver problemas cotidianos, exercer a capacidade de discernimento, cumprir novas tarefas, tomar decisões adequadas). Apresenta-se frequentemente como desamparo.

- Vulnerabilidade ao dano ou à doença: medo excessivo relacionado com catástrofes iminentes que cairão sobre si sem chances de impedir a ocorrência e sem capacidade para lidar com ela.

O medo se dirige a um ou mais dos seguintes:

(A) catástrofes em termos de saúde (ataque cardíaco, AIDS, etc.);

(B) catástrofes emocionais (ex: enlouquecer);

(C) catástrofes externas (queda de elevadores, ataques criminoso, desastres de avião, terremotos).

- Emaranhamento/ego subdesenvolvido: necessidade de envolvimento emocional excessivo com uma ou mais pessoas importantes em sua vida comprometendo a individuação e desenvolvimento social normal. Muitas vezes, envolve a crença de que pelo menos uma das pessoas emaranhadas não pode viver, funcionar bem ou ser feliz sem o constante apoio dos outros. Pode também incluir sentimentos de ser sufocado ou fundido com outra(s) pessoa(s) e de não ter uma identidade individual suficiente. Com freqüência, é vivenciado como sentimento de vazio e fracasso totais, de não haver direção e, em casos extremos, de questionar a própria existência.

c) Domínio de limites prejudicados: deficiência nos limites internos, carência de desenvolvimento interno em relação à reciprocidade ou autodisciplina, apresentando dificuldades de respeitar terceiros, cooperar, manter compromissos, cumprir objetivos de longo prazo, restringir impulsos e postergar gratificações em função de benefícios futuros.
Características da família de origem: permissividade, falta de direção, senso de permissividade, excesso de indulgência.

- Merecimento/arrogância/grandiosidade: crença de superioridade em relação aos outros de que é merecedor de direitos e privilégios especiais, não se sentindo submetidos às regras de reciprocidade que guiam a interação social normal. Insistência em se ter ou fazer o que se quer independente do que isso custe aos outros. Envolve o foco exagerado na superioridade (estar entre os mais bem-sucedidos, famosos, ricos) para atingir poder ou controle (e não necessariamente para obter aprovação ou atenção). Às vezes competitividade excessiva ou dominação: afirmar o próprio poder, forçar o próprio ponto de vista ou controlar o comportamento de outros segundo os próprios desejos, sem empatia ou preocupação com as necessidades ou desejos dos outros.

- Autocontrole/autodisciplina insuficientes: dificuldade ou recusa em exercer autocontrole e tolerância à frustração com relação aos próprios objetivos. Dificuldade em limitar a expressão excessiva de emoções e impulsos. Em sua forma mais leve, a pessoa apresenta ênfase exagerada na evitação de desconforto: evitando dor, conflito, confrontação e responsabilidade, às custas da realização pessoal, comprometimento ou integridade.

d) Domínio de direcionamento para o outro: foco excessivo nos desejos, sentimentos dos outros, comprometendo às suas próprias necessidades, visando obter aprovação, conexão emocional e evitar retaliação, não tendo muitas vezes consciência de sua própria raiva e preferências.
Características da família de origem: aceitação condicional (sob certas condições), onde as crianças devem suprimir aspectos importantes de si próprio e de seus desejos para obterem amor, aceitação social ou status. As vontades dos pais são mais importantes que os desejos e necessidades das crianças.

- Subjugação (ato de se submeter): excessiva submissão ao controle dos outros por sentir-se coagido e por perceber as próprias necessidades e sentimentos como não válidos ou importantes para o outro. Submetendo-se para evitar a raiva, a retaliação e o abandono; as principais formas são subjugação de necessidades (supressão das próprias preferências, decisões, desejos e opiniões) e subjugação das emoções (supressão de emoções, principalmente a raiva). Apresenta-se como obediência excessiva, combinada com hipersensibilidade a sentir-se preso. Costuma levar a aumento da raiva, manifestada em sintomas desadaptativos (por ex: comportamento passivo-agressivo, explosões de descontrole, sintomas psicossomáticos, uso excessivo de álcool ou drogas).

- Autossacrifício: cumprimento voluntário das necessidades alheias à custa da própria gratificação visando poupar os outros de sofrimento, evitar culpa de se sentir egoísta, ganhar autoestima ou manter relação com quem considera carente; com frequência resulta de sensibilidade intensa ao sofrimento de terceiros. Às vezes, leva a uma sensação de que as próprias necessidades não estão sendo adequadamente satisfeitas e ao ressentimento em relação àqueles que estão sendo cuidados.

- Busca de aprovação/reconhecimento: ênfase excessiva na obtenção de aprovação,
reconhecimento ou atenção dos outros ou no próprio enquadramento, comprometendo o desenvolvimento seguro e verdadeiro do próprio self ( o eu). A autoestima depende principalmente das reações alheias, em lugar das próprias inclinações naturais. Por vezes, inclui uma ênfase exagerada em status, aparência, aceitação social, dinheiro ou realizações como forma de obter aprovação, admiração ou atenção (não tanto em função de poder e controle). Com frequência, resulta em importantes decisões não autênticas nem satisfatórias, ou em hipersensibilidade à rejeição.

e) Domínio de supervigilância e inibição: supressão de sentimentos e impulsos espontâneos com esforços no cumprimento de regras rígidas internalizadas em relação ao próprio desempenho, às custas da autoexpressão, felicidade, relacionamentos íntimos e qualidade de vida. Ênfase excessiva no controle dos impulsos, diminuição da espontaneidade. Há uma preocupação de que as coisas irão desabar se houver falha na vigilância.
Características da família de origem: severa, exigente, punitiva, perfeccionista (escondendo emoções e evitando erros), propensão ao pessimismo e a preocupações de que as coisas não vão dar certo.

- Negativismo/pessimismo: foco generalizado, duradouro e exagerado nos aspectos negativos da vida (sofrimento, morte, perda, decepção, culpa, ressentimentos, erros, traição, problemas) em detrimento de minimização ou negligência dos aspectos positivos ou otimistas. Costuma incluir uma expectativa exagerada – uma ampla gama de situações profissionais, financeiras, interperssoais – de que algo vai acabar dando muito errado, mesmo que todas as evidências demonstrem o contrário. Envolve um medo exagerado de cometer erros que podem levar a colapso financeiro, perda, humilhação ou a se ver preso em uma situação ruim. Como exageram os resultados negativos potenciais, essas pessoas costumam se caracterizar por preocupação, vigilância, queixas ou indecisões crônicas.

- Inibição emocional: excessiva inibição da ação, sentimentos, comunicação espontânea visando evitar desaprovação alheia, sentimentos de vergonha ou de perda do controle dos próprios impulsos.
As áreas mais comuns da inibição envolvem: inibição da raiva e da agressão; inibição de impulsos positivos (por ex. alegria, afeto, excitação sexual, brincadeira); dificuldade de manifestar vulnerabilidades ou comunicar livremente seus sentimentos e necessidades; excessiva racionalidade, ao mesmo tempo em que se desconsideram emoções.

- Padrões inflexíveis/postura crítica exagerada: crença de que grande esforço deve ser empreendido na obtenção de elevados padrões internos de comportamento e desempenho para evitar críticas, o que repercute em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas críticas exageradas com relação a si e aos outros. Costuma resultar em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas criticas exageradas com relação a si mesmo e a outros. Deve envolver importante prejuízo do prazer, do relaxamento, da saúde, da autoestima, da sensação de realização ou de relacionamentos satisfatórios.
Os padrões inflexíveis geralmente se apresentam como: perfeccionismo - atenção exagerada a detalhes ou subestimação de quão bom é seu desempenho em relação à norma; regras rígidas e ideias de como as coisas “deveriam” ser em muitas áreas da vida, incluindo preceitos morais, éticos culturais e religiosos elevados, fora da realidade; preocupação com tempo e eficiência, necessidade de fazer sempre mais do que se faz.

- Caráter punitivo: convicção de que os indivíduos deveriam ser severamente punidos pelos erros que cometem, implicando em tendência a estar com raiva, ser intolerante e impaciente com as pessoas e consigo próprio quando não correspondem às suas expectativas ou padrões. Via de regra, inclui dificuldades de perdoar os próprios erros, bem como os alheios.
Domínios Esquemas iniciais desadaptativos
Desconexão e rejeição    1. Abandono/instabilidade 4. Defectividade/vergonha
   2. Desconfiança/abuso 5. Isolamento social/alienação
   3. Privação emocional
Autonomia e desempenho prejudicados    6. Dependência/incompetência 9. Fracasso
   7. Vulnerabilidade
   8. Emaranhamento/ego subdesenvolvido
Limites prejudicados     10. Merecimento/arrogo/grandiosidade
    11. Autocontrole/autodisciplina insuficientes
Orientação para o outro      12. Subjugação
     13. Autossacrifício
     14. Busca de aprovação/reconhecimento
Supervigilância e inibição   15. Negativismo/pessimismo 18. Caráter punitivo
  16. Inibição emocional
  17. Padrões inflexíveis/crítica exagerada