sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Psicoterapia & Coaching



Vivemos em uma sociedade ávida por resultados profissionais, financeiros, nos relacionamentos (com o cônjuge, com os pais, filhos, familiares e amigos), na vida pessoal, entre outros. Focamos nos fins, mas os meios para atingi-los muitas vezes não são levados em conta. Há vezes também em que o próprio indivíduo pode não ter claros seus objetivos e, em função das constantes cobranças impostas, se vê trilhando um caminho que não sabe se lhe agrada e tampouco aonde vai dar.

Talvez você se identifique com alguma dessas situações: pode ser que se questione sobre sua própria vida, por não ter certeza do caminho que está trilhando, por não estar feliz ou realizado. Pode ser ainda que você saiba o que quer, mas não como conseguir, não se sente capaz nem confiante em realizar seus sonhos. Qualquer que seja a opção com a qual mais se identifica, não pense que a vida é assim mesmo ou que terá que se contentar com o que já tem ou com qualquer coisa que venha a lhe aparecer. Você é o responsável pela sua própria vida e, portanto, pelo rumo que ela toma. Esse já é um dos grandes passos que o aproximam da felicidade (lembrando que: felicidade não é um fim e sim um meio pelo qual você pode optar por seguir).

Tanto a Psicoterapia, quanto o Coaching, podem auxiliá-lo nesse processo de encontro consigo mesmo e na descoberta do que é realmente importante para você, assim como na busca e construção dos caminhos a serem percorridos.

Psicoterapia, diferentemente do que muitos pensam, não é só para pessoas mentalmente perturbadas ou loucas. Essa imagem surgiu em função da época em que a Psicologia começou a crescer e se difundir. Em meados da Segunda Guerra Mundial, eram inúmeros os veteranos que se encontravam machucados emocionalmente, além de fisicamente. Os psiquiatras, que eram os “médicos da alma”, não eram em número suficiente para cuidar de toda a demanda. Surge assim a possibilidade dos psicólogos, que até aquela época dedicavam-se às pesquisas, de auxiliar e trabalhar paralelamente aos psiquiatras no atendimento aos doentes. Todo o foco é então colocado na doença mental e em como curá-la. Durante décadas, a Psicologia seguiu por essa linha, por isso não é de se estranhar o preconceito e o receio que existe dessa área.

Hoje, a função do Psicólogo vai além do tratamento dos sintomas já manifestos. Não existe restrição alguma quanto a se recorrer à Psicoterapia em qualquer momento da vida em que surgir a necessidade de engajamento em tal processo. Atualmente, se busca a Psicoterapia para a resolução de questões do dia a dia ou como precaução contra algo de ruim que possa ocorrer, uma vez que a mesma visa fornecer subsídios para que a própria pessoa, entendendo melhor suas características, potencialidades e limites, evite problemas psicológicos maiores.

Sendo assim, a Psicoterapia é um processo de ajuda, de desenvolvimento pessoal e auto-conhecimento, que promove o aumento da percepção que o indivíduo tem de si mesmo.

Já o Coaching tem como foco auxiliar aqueles que, até talvez satisfeitos com suas vidas, buscam alcançar ainda maiores resultados.

Esse trabalho surgiu da área esportiva, onde há um coach (técnico em inglês), que auxilia seus atletas a alcançarem seu maior desempenho. Atualmente, o Coach (profissional de Coaching) atua em todas as áreas: Pessoal (saúde e disposição, desenvolvimento intelectual, equilíbrio emocional), Negócios & Carreira (realização pessoal, propósito e missão, recursos financeiros e contribuição social), Relacionamentos (família, relacionamento amoroso e vida social) e Qualidade de Vida (criatividade, hobbies e diversão, plenitude e felicidade), visando sempre obter crescimento e excelência.

Para tanto, o trabalho do Coach junto ao coachee (cliente de Coaching) é, entre outras coisas, estabelecer metas, descobrir seus valores, manter a motivação, identificar pontos fortes e fracos e a maneira de lidar com os mesmos, criar novos planos de ação, desafiar a ultrapassagem de limitações, auxiliar na trilha rumo à prosperidade.

Através do fortalecimento de algumas capacidades e habilidades tais como: auto-confiança (auto-estima), comunicação, liderança, negociação, entre outras e também da reprogramação de pensamentos e emoções de forma a manterem-se positivas; é possível transformar atitudes (que podem estar estanques, ou não congruentes com objetivos) superando possíveis crenças limitantes e auxiliando na trilha à prosperidade.


Pode-se concluir que ambas as abordagens, cada uma a sua maneira, visam o crescimento da pessoa, ajudando-a a aprimorar seus recursos inatos e a adquirir novos recursos, fornecendo-lhe possibilidades de, uma vez reestruturado, seguir em desenvolvimento contínuo, com autonomia.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Orientando os pais: emoções positivas com as crianças


Do mesmo modo que é preciso atentar para os maus comportamentos e outras diversas questões problemas das crianças e, também colocar limites, é necessário também educá-las para terem emoções positivas e incentivar momentos de bem estar e felicidade.

Martin Seligman cita em seu livro "Felicidade Autêntica - Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente" 8 técnicas que podem ser utilizadas para "fabricar" esses momentos. De maneira geral, existem 3 princípios que devem ser levados em conta:

A emoção positiva cria e amplia os recursos intelectuais, sociais e físicos que as crianças irão utilizar e ter maior percepção dos mesmos no futuro;

O aumento de emoções positivas pode desencadear uma espiral ascendente de emoção positiva (auto-geração de mais e mais emoção positiva);

Os traços positivos que a criança demonstra são tão reais, importantes e autênticos quantos seus traços negativos.

8 Técnicas para criar Emoção Positiva
1 - Dormindo com o bebê
A orientação é trazer o bebê para dormir na mesma cama em que os pais dormem. Essa solução traz dentre outras vantagens, maior segurança e tranquilidade para o bebê, pois toda vez que acorda já dá de encontro com os pais; suprimindo o medo do abandono, fortalecendo sua psiquê, além do laço com os pais. Além disso, diminui a preocupação dos mesmos quanto a segurança do bebê (parada respiratória, inseto no berço, dentre outros medos). Possibilita também um maior contato do pai, que muitas vezes fica um pouco excluído do relacionamento que grande parte do tempo é mãe-bebê.

Possíveis desvantagens
Pode-se diminuir a preocupação com o fato de machucar o bebê, pois, não existem casos relatados de pais que rolaram por sobre seus filhos.
Pode ser que haja choro e desconforto no momento da separação, mas isto com certeza não irá por a perder todo o trabalho de vinculação e fortalecimento que já fora feito.


2 - Jogos Sincrônicos
Essa sugestão se baseia na percepção de que as ações da criança geram um resultado no ambiente. O não aprender que há contingência entre ações e resultados, gera passividade, depressão e saúde física deficiente. Diferentes jogos podem ser feitos como a criança, como por exemplo: quando ela bater a mão na mesa uma vez os outros fazerem o mesmo, repetindo quando ela testar bater duas ou três vezes. Blocos de empilhar também são interessantes, pois o bebê percebe que ele que os derruba (após um adulto empilhá-los). Deixe sua criativade fluir e/ou lembre-se das atividades de sua própria infância.

Possíveis desvantagens
Essas atividades não irão "estragar" a criança, nem fazê-la sentir-se com pouco controle sobre o mundo quando sair de dentro de sua "bolha". Pelo contrário, irão fortalecê-la para lidar com as situações que encontrar pela frente. Mesmo porque, ela passa por situações pelas quais não tem controle: ficar com a fralda molhada durante algum tempo, enquanto alguém não pode vir trocá-la, dores, fome, dentre outras.


3 - Não e sim
O "não" é uma palavra de grande importância na educação da criança, pois demonstra perigos e limites, mas não deve ser utilizada descabidamente. Os pais confundem o que é inconviniente para eles com o que é perigoso para a criança - e isso sim deve ser prontamente afastado! Quando a criança vai pegar algo, como por exemplo um vaso, pode-se tirá-lo do alcance da mesma ao invés de gritar "NÃO!!!", da mesma maneira quando na ânsia de acariciar seu animal de estimação puxa seus pelos, pode-se dizer "carinho" e mostrar como se faz isso. Se se filho houve um "não" agressivo a todo momento, pode começar a temer se arriscar na vida e pensar que não tem habilidade para executar as coisas.

Possíveis desvantagens
Os possíveis problemas de birra e falta de limites podem ser contornados com negociação e com exemplos. Geralmente as crianças crescem com um grande número de "NÃOs", poucos exemplos positivos, assim como escassas oportunidades de estimular sua criatividade e habilidade de negociação (tal como compreender para que ela serve e quando pode ser adotada).


4 - Elogio e castigo
Elogiar quando a criança faz algo de positivo, traz a ela a percepção de que teve alguma ação para receber aquele resultado e esforça-se ainda mais para garantir que este se mantenha. Do contrário, quando a criança é elogiada incondicionalmente, pode torna-se passiva, uma vez que os elogios virão de qualquer maneira. Além disso pode dificultar à criança reconhecer seus sucessos quando os elogios forem realmente sinceros. Já amor e afeto devem ser oferecidos incondicionalmente, uma vez que quanto maior a presença destes no amiente, mais segura a criança se sentirá. Em função disso, tenderá a maior exploração e adquirirá e desenvolverá habilidades. O castigo deve ocorrer quando há um comportamento indesejável, sendo muito eficaz em sua eliminação, ou na modificação do mesmo. É necessário que seja claro para a criança o motivo exato pelo qual ela está sendo castigada, assim como não devem haver acusações para com a criança e/ou seu caráter, mas direcionadas para a ação específica.

Possíveis desvantagens
Com o castigo e elogio seletivos seu desejo de fazer a criança sentir-se bem a todo momento não será satisfeito, assim como o dela por não receber elogios, ou não tantos quanto gostaria. Isso pode não ser muito fácil no início, mas resulta em benefícios, sendo alguns deles não transformar seu filho em uma criança "mimada", ser realmente honesto para com ele, assim como a eliminação de atitudes desagradavéis ou perigosos.



5 - Rivalidade entre irmãos
A rivalidade entre irmãos, pode existir quando estes sentem-se ameaçados em perder ou ter que dividir a atenção e afeto recebidos. Essa questão pode ser facilmente solucionada proporcionando esses aspectos em abundância para as crianças.
Uma forma de fazer a criança sentir-se segura e não excluída das relações é mostrar confiança nela e proporcionar-lhe mais responsabilidade, de acordo com suas possibilidades. É possível, por exemplo pedir ajuda à filha mais velha para trocar o irmãozinho mais novo, tornando essa atividade um momento a três. Ou, por exemplo, se ocorrer uma situação em que o irmão mais velho machucar-se,
pedir auxílio ao irmãozinho mais novo nas atividades diárias do outro (ajudar a vesti-lo, a amarrar os tênis, pentear os cabelos, etc...)
Possíveis desvantagens
Algo possível de ocorrer utilizando essa abordagem, é o filho sentir-se ainda mais ressentido, caso entenda esse aumento de responsabilidade como imposição. Isso nunca foi visto, mas pode vir a acontecer, principalmente se as responsabilidades extras forem pesadas, ao invés de pequenas e simbólicas.


6 - Tesouros da hora de dormirOs momentos que antecedem a hora de dormir podem ser muito bem aproveitados utilizando duas técnicas: "melhores momentos" e "terra dos sonhos".

Os melhores momentos consistem em resgastar junto aos filhos o que houve de bom durante o dia e ressignificar acontecimentos que não tenham sido sentidos como bons. Isso é possível se obter perguntando para a criança "o que gostou de fazer hoje?" e "aconteceu algo de ruim hoje?". Através dessas duas questões faz-se um levantamento de tudo de interessante que a criança vivenciou no dia e, o que foi visto como não bom, pode ser explicado e compreendido de uma nova maneira. Por exemplo, a criança pode dizer que não gostou do irmão mais novo tê-la mordido. Seus sentimentos e suas percepções são ouvidos, percebidos como importantes, mas lhe é dado um retorno de que seu irmão ainda é um bebê e que tem muito a aprender (permitindo até convidar esse irmão mais velho a ensinar o irmão mais novo a agir de outra maneira).
Ao final do levantamento de todos os dados do dia, faz-se um balanço de quantas coisas boas houveram e quantas coisas ruins.
Quando as crianças estiverem com mais de cinco anos é possível incluir uma previsão para o dia seguinte ("O que vocês farão amanhã?").
A idéia dessa brincadeira é estimular a criança a ter mais pensamentos positivos e ter uma visão positiva sobre sua vida, prática que será internalizada e muito proveitosa no futuro desta.

A "terra dos sonhos" é baseada na constatação de que os últimos pensamentos de uma criança antes de dormirsão repletos de emoção e ricos em imagens visuais, tornando-se a base sobre a qual serão "fabricados" os sonhos.
A qualidade dos sonhos está ligada ao estado de humor do indivíduo e também a seus pensamentos. Através dessa técnica é possível estimular uma vida metal positiva, além de criar sonhos mais prazerosos.
Se utilizada após "melhores momentos" facilita ainda mais o exercício para a criança. Este consiste em imaginar uma cena muito feliz e após formar essa imagem, descrevê-la, dando um nome à ela. Continuar concentrando-se na imagem até adormecer.
Essa estratégia aumenta a probabilidade de sonhos mais felizes e significantes.
Possíveis desvantagens
Uma única desvantagem é os pais terem de abrir mão de fazer alguma outra coisa nesses minutos utilizados com essas atividades.

7 - Fazendo um acordoTodos os filhos passam por momentos de "eu quero", "me dá", cobertos de cenas de birra, choros e malcriação. Uma maneira eficaz de resolver essas situações é deixar claro que a soma de um "me dá" mais uma cara feia, seria definitivamente um "não"! Já se o semblante fosse alegre, haveria a possibilidade de se obter um "sim", como resposta.
As crianças, dificilmente repetem um comportamento que foi motivo de recompensa no passado. Elas têm o pensamento voltado para o futuro, agindo da forma que acreditam que lhes trará recompensas nesse período.
Após todo tipo de castigo e recompensa, quando um comportamento ou hábito se repete é possível se fazer um acordo da seguinte maneira. Buscar algo que a criança queria muito e propor a ela que esse presente lhe será dado mediante essa atitude não mais se repetir (ou para se criar um novo comportamento) e, que se o combinado não for cumprido, pela primeira vez haverá a perda do presente durante um período determinado (por exemplo uma semana) e havendo reincidência, para sempre.
Essa estratégia traz um supresa muito positiva e mantém o comportamento sob ameaça de se perder o prêmio.
Possíveis desvantagens
Não deve se abusar dessa técnica pois a criança pode encontrar nela uma excelente maneira de ganhar presentes, que de outro modo não conseguiria. Ela deve ser utilizada quando todos os outros recursos já houverem falhado (no máximo uma ou duas vezes durante toda a infância).
É importante também não blefar; caso a criança não cumpra com a promessa, o brinquedo deve ser retirado e não mais devolvido.


8 - Resoluções de ano novo
Todo inicio de ano, é interessante a família toda se reunir e cada um se propor a fazer algo de novo nesse ano que se inicia e, após alguns meses fazer uma avaliação de como está o progresso destes objetivos.
A proposta dessa idéia não é corrigir as falhas (não irei mais brigar com minha irmã, limitarei a quantidade de chocolate por semana, etc...) e sim criar algo novo e motivador que se queria atingir (deixando um pouco os tantos "nãos" de lado, pois estes não são fatores que trazem disposição e ânimo para se sair da cama, ou iniciar um ano novo).
Deve se propor a conquistar algo como por exemplo: estudarei inglês e ao final de 6 meses lerei um livro de interesse nesse idioma, aprenderei natação, praticarei caligrafia e terei uma letra mais bonita, entre outros.
Possíveis desvantagens Não há relato de possíveis desvantagens.