quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Listas de ano novo. Como torná-las realidade?



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Todo final de ano é a mesma coisa, parte da população faz uma breve revisão do ano que passou e uma grande maioria, a qual inclui também essa parcela anterior, elabora as famosas listas de ano novo! Estas são escritas baseando-se no anseio de que o ano seguinte seja melhor do que o que está finalizando. O conteúdo das mesmas é de metas, sonhos, desejos e tudo o que a pessoa gostaria de alcançar ou realizar no ano que está por vir.

Estes itens são muito interessantes a até motivadores, e seriam maravilhosos se não fosse por um único ponto: normalmente assim que inicia o ano seguinte, essa bela lista vai para a gaveta ou simplesmente é esquecida, tornando-se um acúmulo de boas intenções, mas, sem vias de serem realmente postas em prática.
Itens como abandonar um vício, iniciar alguma atividade física, reaquecer a vida sexual a dois, motivar-se no trabalho, fazer o curso “X” (postergado há tempos), emagrecer, entre tantos outros, são pensados, escritos e, muitas vezes deixados de lado.

O que acontece para algo que alegrou e motivou tanto uma pessoa se perca assim? Justamente o fato de que a alegria e motivação são emoções e, caso não sejam renovados esvaecem-se.

Quando a pessoa está redigindo a lista, seus pensamentos são positivos (imagens mentais positivas) e conseqüentemente seu humor também. Nesse momento há a intenção de realizar o que está sendo escrito, pois todo esse conjunto gera motivação. Já quando o momento de realizar o conteúdo da lista chega diversas questões podem contribuir para sua não efetivação. Vejamos uma a uma e como lidar com elas.

Primeiramente, quando voltamos das férias e efetivamente é o momento de começar “a colocar a mão na massa” - pois normalmente a maioria dos itens das listas concentra-se em começar algo logo no início do ano - retornamos também as nossas tarefas diárias e obrigações. Isto quer dizer que é necessário compatibilizar a rotina já estabelecida com o que foi desejado. Nesse ponto, muitas das pessoas já malogram, pois, nosso dia a dia, normalmente, nos traz diversas coisas a serem feitas e, se não houver foco, todos os anseios se perderão no turbilhão de afazeres.

O que fazer para não cair nessa armadilha?

Manter as imagens mentais positivas é um passo importante. Ao se visualizar um futuro positivo ou sua meta sendo atingida, conseqüentemente você se alegra e se motiva. Seu humor e sua disposição para efetivamente entrar em ação estão em consonância com o caminho que você está se dispondo a trilhar. Assim tudo está alinhado para seu processo iniciar de maneira positiva (ocorrendo o contrário quando se começa a imaginar que não dará certo, que não conseguirá realizar o proposto, que fracassará - isto já é meio caminho para não conquistar o que se deseja).

É essencial que se pratique o gerenciamento de tempo. A base para que isso ocorra é avaliar como o seu tempo está sendo despendido atualmente e quais as atividades que você executa. Algumas perguntas a se fazer são as seguintes:

Como estou aproveitando meu tempo? Ou, o que faço com meu tempo hoje?
Quais as atividades que executo no meu dia a dia? Quanto tempo disponho para cada uma delas? No que concentro a maior parte do meu tempo?
Tudo o que faço é necessário? Posso delegar algo?
Estou desperdiçando tempo? Como posso aproveitar meu tempo de maneira mais eficiente?

Estas questões visam gerar alguma reflexão no sentido de como o tempo é utilizado, quais as atividades executadas e como estão organizadas. É fundamental que para se responder essas questões e se refletir sobre a gestão de tempo tenha-se em mente o que se quer alcançar. Dessa maneira perceber-se-á o quanto sua rotina aproxima-o ou afasta-o do que se quer. Julgar o quanto de tempo se despende na execução de tarefas urgentes, mas que nem sempre são ligadas aos seus objetivos, em detrimento da execução de tarefas importantes para a realização dos mesmos, é outro ponto a se verificar. De maneira geral, é necessário visualizar o quanto seu dia a dia está abrangendo atividades que agregam com relação as suas metas e o quanto seu tempo e disposição estão sendo utilizados em outras atividades que não influenciam positivamente suas conquistas.

Não ter objetivos claros é outro ponto que pode causar o insucesso. É preciso saber exatamente o que se deseja, possuir um planejamento e também prazo. Estes três itens diferem os sonhos das metas. Sonho é algo fantasioso, distante e não palpável. Do contrário um objetivo é algo concreto, alcançável e com evidências. Por isso detalhar o máximo possível o que se almeja, planejar como se chegar lá e determinar prazos para isso é essencial para atingi-lo.

As metas podem ser de curto, médio ou longo prazo. Para todas elas os procedimentos são os mesmos. Independente do tempo que se levará para alcançá-la é necessário ter um cronograma e um plano de ação. Estas duas ferramentas garantirão que você mantenha-se no foco e não perca tempo. Fora isso, garantem que, ao dividir o objetivo em pequenos passos, você faça todo o necessário para completar sua empreitada até seu alvo, não se perca e não esmoreça. Ao segmentar a meta, você cria diversos pontos de chegada e, cada um deles é uma nova conquista. Essa técnica mantém a motivação e empenho durante todo o caminho.

É preciso também experimentar, testar, praticar, pois ninguém acerta de primeira. Além disso, algumas vezes a idéia que se faz antes de colocar a mão na massa pode ser de que a coisa seja mais difícil do que realmente será, ou seja, se subestima o desafio e em função disso ele pode acabar tomando proporções muito maiores e inviabilizando-se. Por isso experimentar é fundamental. O que ocorre também, é que muitas vezes ao se praticar algo, você começa a ganhar desenvoltura nisso (desenvolve habilidades e competências nessa área) e o gosto pela atividade começa a surgir, pois nós gostamos do que fazemos bem. Em função disso tudo, propor-se tarefas periódicas e cumpri-las garante grande parte do sucesso nessa empreitada, também é essencial para um ponto chamado mudança de comportamento.

É indispensável que a mudança de comportamento seja levada em conta, uma vez que na grande maioria das vezes, ela está envolvida na realização de uma meta (ou talvez seja própria meta). Mudar não é fácil. Sair da zona de conforto, ou seja, do que já se conhece, mesmo que não seja tão bom, pode causar desconforto. É necessário avaliar e refletir o papel e o manejo dos ganhos a curto e a longo prazo. Muitas vezes esses ganhos são excludentes entre si, quando se tem um, não se tem o outro (pelo menos parcialmente) e, esse fato pode minar seu êxito em atingir seu objetivo. Ganhos a curto prazo são muito atraentes, pois se tem um benefício logo adiante e algumas vezes sem muito esforço. No entanto, geralmente eles não satisfazem por muito tempo, pois findam com o término de seu estímulo. Além disso, por serem efêmeros, não preenchem os verdadeiros anseios de ninguém, não trazendo o sentimento de realização. Por isso para reforçar sua motivação frente à sua meta, é preciso ter sempre em mente os benefícios que ela lhe trará.

Manter-se focado em sua meta e congratular-se com os pequenos êxitos, também auxilia a lidar com esse impasse dos ganhos a curto e longo prazo. Fora isso, negociar consigo mesmo os limites e parâmetros do que se deseja ser atingido pode ajudar. Mudança de comportamento envolve diversas questões, sendo estas apenas algumas delas. Faz-se necessário também o autoconhecimento, criação de novas opções, enfrentamento, tentativa e erro, entre outras coisas. Em função disso, nem sempre conseguimos ter sucesso se não contarmos com parcerias ou algum tipo de suporte ou auxílio - que tenha entre outras funções a de nos motivar e nos cobrar resultados. Dentro dessas possibilidades poder contar com uma amigo ou familiar no processo de busca ou realização de algo facilita a obtenção de um resultado positivo. Outros preferem contar com o suporte de um profissional, pois acreditam que este por ser especializado é garantia de sucesso. É fundamental salientar que, independente da escolha do apoio a ser obtido durante o processo, a responsabilidade pelas escolhas, atitudes e pelo processo em si é da própria pessoa. Do contrário, qual mérito e realização ela teria? Por esse motivo isentar-se da responsabilidade não é proveitoso, mas beneficiar-se de uma boa parceria sim.

Leia esse texto também em Vya Estelar.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Bases da Terapia Cognitivo Comportamental – TCC


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A Terapia Cognitivo Comportamental visa a reeducação de pensamentos e de crenças distorcidos ou disfuncionais. 

Na terapia cognitiva, o paciente aprende que seu sistema de crenças é o que causa seus estados de humor, (assim como seus comportamentos), e que os eventos externos, experiências da infância e a genética são agentes que influenciam, mas, menos importantes do que a maneira como o indivíduo reage a eles.
Embora a maioria das pessoas não se dê conta, toda e qualquer emoção é acompanhada por pensamentos e, mais do que isso, é gerada pelos mesmos. Isto pode ser difícil de se perceber, porque além das emoções poderem variar diversas vezes ao dia - dificultando prestar atenção na alteração das mesmas - pode parecer também que elas surgem do nada, sem influência alguma da pessoa. No caso específico da depressão, onde as variações de humor são pouco freqüentes, a pessoa pode ter menos idéia ainda do que a gera e mantém.

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Como ocorre isso na prática? No dia a dia?

Vamos supor o caso de um determinado garoto que inicia o colegial. Ele terá sua primeira prova e se organiza para estudar o conteúdo da mesma. Senta-se para ler o livro e sente certa dificuldade para entender os primeiros tópicos. Passa-lhe pela cabeça que aquilo é muito difícil e que ele jamais compreenderá a matéria. Começa então a sentir-se triste, com peso no abdômen e fecha o livro. Desiste de estudar e passa o restante da tarde cabisbaixo e chateado.

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Este garoto parece não perceber os pensamentos que o acometeram durante seu estudo e que resultaram em humor deprimido, peso no estômago e na desistência da leitura. O fato do desconhecimento do processo cognitivo, leva a muitas pessoas a ficarem à mercê de suas crenças (as quais podem ser positivas ou negativas) além de reforçarem-nas, em função de gerarem novas evidências que as comprovem.

A parte Cognitiva e Comportamental do processo de terapia

O treinamento comportamental tem como intuito a modificação de hábitos. Este leva o paciente a ter controle sobre fatores que antes pensava não ter, fato que o fazia sentir-se impotente. Este treinamento é uma parte bem prática da terapia e traz resultados rápidos, dependendo da motivação do paciente e dos passos a serem planejados em conjunto entre o mesmo e o psicoterapeuta.
O foco Cognitivo da terapia tem como pilar ensinar o paciente a entender sua maneira de pensar e suas reações às situações, das quais ele pode ter maior ou menor controle. Isto inicia-se através do exame dos pensamentos automáticos.

O que são os pensamentos automáticos? 

São os nossos diálogos internos, que ocorrem em forma de pensamento ou de imagens mentais. Todos temos conversas internas e automáticas o tempo todo, a diferença é se elas são conscientes (percebidas) ou não e também o conteúdo das mesmas (que pode ser positivo ou negativo).
Os pensamentos automáticos derivam das nossas crenças mais profundas. As crenças definem o filtro que utilizamos para absorver e perceber as experiências pelas quais passamos. Em outras palavras, as crenças são como óculos que colocamos e que através dos mesmos enxergamos o mundo, os outros e a nós mesmos. A visão que temos através desse “óculos” gera interpretações dentro de nós, e os pensamentos automáticos são a concretização destes. Ou seja, o garoto da história acima, tem como um de seus “óculos”, o ser incompetente. Vê o mundo, aos outros e a si mesmo através desse filtro e interpreta e absorve as informações de acordo com ele. Assim, ler um livro sobre o qual ele sente certa dificuldade de entendimento, aciona sua crença de ser incompetente. Esta crença gera a interpretação de ele ser incapaz de compreender os tópicos do livro. Vêem-lhe à cabeça pensamentos de que ele jamais entenderá a matéria da prova e que aquilo é difícil demais para ele. A conseqüência disso já foi explicada acima.
É comum também quando se está com certa crença ativada que se generalize e/ou aumente as interpretações. Por exemplo, no caso do garoto, ele poder vir a pensar que já que não consegue compreender alguns tópicos desse livro, terá sempre dificuldades na leitura de outros livros. Além disso, que irá repetir essa disciplina e que nunca terminará o colegial.

Modificando o pensamento
No momento em que o paciente se dá conta de que ele tem a possibilidade de mudar suas cognições (interpretações) sobre os eventos, esta percepção dá início a um processo terapêutico de mudanças internas que irão refletir nos fatos externos. O indivíduo sai da posição de vítima e sente-se mais forte logo no início da terapia, porque ele percebe que, mesmo tendo reais dificuldades, pode começar a agir sobre elas, utilizando ferramentas poderosas e eficientes.



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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) atua com base na inter-relação entre cognição, emoção e comportamento. De acordo com o Modelo Cognitivo diferentes eventos, geram diferentes formas de agir em diferentes pessoas, não em função do evento em si, mas pela interpretação (pensamento) que é feita do evento – gerando diferentes emoções e comportamentos. Em função disso, uma mudança em qualquer um desses componentes (pensamento, emoção ou comportamento) pode iniciar modificações nos demais.

O trabalho inicia-se logo na primeira sessão; através da queixa do paciente o terapeuta colhe dados importantes para o diagnóstico clínico. Começa também a compreender a maneira de ser dessa pessoa, sua forma de pensar/sentir/agir. Após esses primeiros aspectos o psicoterapeuta começa a levantar hipóteses sobre como o paciente desenvolveu o transtorno (fonte da queixa) que o motivou a buscar o tratamento.


Essas hipóteses irão guiar o processo, e em função disso, vão sendo reconstruídas a cada nova sessão, de acordo com o aparecimento de novos dados. Terapeuta e paciente colaborativamente modificam e refinam suas formulações confirmando algumas hipóteses e descartando outras.
É feita conjuntamente uma lista de problemas e metas do tratamento que auxilia a selecionar as intervenções mais adequadas a serem feitas e o momento adequado, além de facilitar a visualização da evolução do tratamento.


O paciente pouco a pouco vai familiarizando-se com o modelo cognitivo, permitindo que passe a ter maior autoconhecimento assim com a compreender-se melhor. Aprende a monitorar-se e a controlar seus pensamentos, emoções e comportamentos.
Os exercícios, experimentos e tarefas são outro ponto importante desse processo reeducativo e de autoconhecimento, trazendo maior segurança para o paciente, promovendo aprendizado e uma ponte sólida entre o setting terapêutico e o ambiente externo.

É criada uma equação cognitiva específica do sujeito, a qual permite traçar um
plano terapêutico, por usa vez quais serão os alvos das intervenções e por
último quais serão as intervenções técnicas a serem feitas e em que momentos.

Como pode ser observado o processo e o progresso da Terapia Cognitivo Comportamental é fruto da parceria entre terapeuta e paciente, dependendo de ambos seu sucesso. O paciente tem possibilidade de acelerar ou atrasar seu tratamento e seus resultados de acordo com sua maneira de agir e comprometimento.

De forma geral a Psicoterapia Cognitivo Comportamental permite rapidez nos resultados, assim como grandes mudanças no indivíduo (de acordo com seu desejo).
Este processo promove autoconhecimento, aprendizado de novas habilidades assim desenvolvimento das que já existem, maior controle de seus pensamentos/emoções/comportamentos, além do tratamento de alguns transtornos.


Seguem abaixo alguns dos transtornos para os quais a Terapia Cognitivo Comportamental é muito eficiente e eficaz (alguns dos transtornos necessitam de acompanhamento psiquiátrico – talvez momentâneo – para viabilizar e facilitar o processo psicoterapêutico):

*Depressão: visão negativa de sim, dos outros e do futuro.
*Hipomania ou episódios maníacos: visão inflada de si, dos outros e do futuro.
*Comportamento suicida: desesperança e conceito autodesqualificador.
*Ansiedade generalizada: medo de perigos físicos e psicológicos.
*Fobia: medo de um perigo físico ou mental iminente.
*Estado paranóide: visão dos outros como manipuladores e mal intencionados.
*Transtorno conversivo: idéia de anormalidade motora ou sensória.
*Transtorno obsessivo-compulsivo: pensamentos continuados e persistentes sobre segurança; atos repetitivos para precaver-se de ameaças.
*Anorexia e bulimia: medo de ser gordo e não atraente.
*Hipocondria: preocupação com doença insidiosa.

terça-feira, 28 de abril de 2009

P.N.L. - Programação Neurolingüística

O que é Programação Neurolingüística – PNL?

Segundo Flora Victória e Villela da Matta "é a arte e a ciência da excelência humana e do sucesso pessoal, visa potencializar os resultados, o nível de sucesso, realização e plenitude. É baseada na modelagem de pessoas bem sucedidas em suas áreas de atuação, tendo contribuições da neurologia, linguística e computação."


Para Robert Dilts, Richard Bandler, John Grinder e Judith de Lozier PNL "é o estudo da estrutura da subjetividade."

É um modelo formal e dinâmico do modo como a mente humana e a percepção processam as informações e as experiências, ou seja, é o entendimento e utilização da linguagem da mente. Com base neste conhecimento, é possível identificarem-se as estratégias utilizadas por pessoas bem-sucedidas, aprender e ensinar outras pessoas a fim de facilitar uma mudança positiva e evolutiva, permitindo alcançar os resultados desejados específicos.

Servindo-se dos padrões universais de comunicação e percepção que existem, a PNL propicia reconhecer e intervir em diversos processos, como aprendizagem, criatividade, negociação, vendas, comunicação, relacionamentos, liderança, terapia contra o estresse, boa formulação de metas, gestão de conflitos, superação de fobias etc...


A Programação Neurolingüística foi proposta em 1973, por Richard Bandler e John Grinder, como um conjunto de modelos e princípios que descrevem a relação entre a mente (neurologia) e a linguagem (lingüística - verbal e não-verbal), e como a sua interação pode ser organizada (programação) para afetar a mente, o corpo ou o comportamento do ser humano.
A partir dos seus padrões lingüísticos e comportamentais, o Dr. Richard Bandler e o Sr. John Grinder construíram modelos mentais que pudessem ser usados por outras pessoas e aplicaram tais modelos em seu próprio trabalho.

A PNL não é algo "engessado", novas técnicas e modelos foram, e continuam sendo desenvolvidos, construídos com base na representação formal dos criadores desse processo.
Pessoas como Virginia Satir (terapeuta familiar), Milton Erickson (médico psiquiatra e hipnoterapeuta) e Fritz Perls (pai da Gestalterapia) utilizaram a PNL e obtiveram resultados excelentes com diversos de seus pacientes.


A Programação Neurolingüística é um conjunto de técnicas ajustadas e crenças que seus praticantes utilizam visando ao desenvolvimento pessoal e profissional. É baseada na idéia de que a mente, o corpo e a linguagem interagem para criar a percepção que cada indivíduo tem do mundo, e tal percepção pode ser alterada pela aplicação de uma variedade de técnicas. A fonte que embasa tais técnicas, chamada de "modelagem", envolve a reprodução cuidadosa dos comportamentos e crenças daqueles que atingiram o "sucesso".


O foco original da Programação Neurolingüística era o estudo dos padrões fundamentais da linguagem e técnicas de terapeutas notórios e bem-sucedidos em hipnoterapia, gestalt e terapia familiar. Mais tarde, os padrões descobertos foram adaptados visando proporcionar uma capacidade pessoal de se comunicar de forma mais efetiva e, também, objetivando a realização de mudanças.

Para que serve?

A Programação Neurolingüística pode ser usada para desenvolver, de forma rápida e eficaz, processos de aprendizagem e assim, facilitar por exemplo, superar uma situação de estresse, resolver conflitos e melhorar uma negociação. É um complemento para o desenvolvimento da inteligência emocional.

De que maneiras ela pode contribuir na vida de uma pessoa?

·Aumenta drástica e rapidamente a autoconfiança;
·Melhora as relações interpessoais;
·Desenvolve crescimento pessoal e de carreira para o sucesso;
·Permite obter-se comportamentos mais excelentes;
·Promove mudanças profundas e efetivas;
·Possibilita negociar e resolver conflitos de uma forma positiva.

Alguns exemplos dos benefícios da PNL utilizada em diferentes contextos e situações:

·Psicoterapia: através de suas técnicas, facilita e acelera a resolução de fobias, traumas, estresse, conflitos internos, transtornos de personalidade, esquizofrenia, depressão, compulsões, controle emocional, distúrbios sexuais e dependências de substâncias.
·Esportes: utilizada para melhorar drasticamente o desempenho de atletas de alta performance. No esporte como lazer, contribui para a aprendizagem e otimização dos resultados.
·Empresas: contribui no trabalho em equipe, resolução de conflitos, gestão de pessoas, liderança, motivação, comunicação, criatividade, planejamento estratégico, tomada de decisões, adaptação à mudança, entre outros.
·Desenvolvimento e aperfeiçoamento pessoal: acelera os resultados e melhora a auto-estima, assertividade, relacionamentos, conflitos, gestão de crises pessoais, prosperidade, etc...
·Educação: auxilia no ensino-aprendizagem e resolução de conflitos, otimiza e facilita obter resultados da aprendizagem e solucionar problemas, aumenta a criatividade.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Psicoterapia & Coaching



Vivemos em uma sociedade ávida por resultados profissionais, financeiros, nos relacionamentos (com o cônjuge, com os pais, filhos, familiares e amigos), na vida pessoal, entre outros. Focamos nos fins, mas os meios para atingi-los muitas vezes não são levados em conta. Há vezes também em que o próprio indivíduo pode não ter claros seus objetivos e, em função das constantes cobranças impostas, se vê trilhando um caminho que não sabe se lhe agrada e tampouco aonde vai dar.

Talvez você se identifique com alguma dessas situações: pode ser que se questione sobre sua própria vida, por não ter certeza do caminho que está trilhando, por não estar feliz ou realizado. Pode ser ainda que você saiba o que quer, mas não como conseguir, não se sente capaz nem confiante em realizar seus sonhos. Qualquer que seja a opção com a qual mais se identifica, não pense que a vida é assim mesmo ou que terá que se contentar com o que já tem ou com qualquer coisa que venha a lhe aparecer. Você é o responsável pela sua própria vida e, portanto, pelo rumo que ela toma. Esse já é um dos grandes passos que o aproximam da felicidade (lembrando que: felicidade não é um fim e sim um meio pelo qual você pode optar por seguir).

Tanto a Psicoterapia, quanto o Coaching, podem auxiliá-lo nesse processo de encontro consigo mesmo e na descoberta do que é realmente importante para você, assim como na busca e construção dos caminhos a serem percorridos.

Psicoterapia, diferentemente do que muitos pensam, não é só para pessoas mentalmente perturbadas ou loucas. Essa imagem surgiu em função da época em que a Psicologia começou a crescer e se difundir. Em meados da Segunda Guerra Mundial, eram inúmeros os veteranos que se encontravam machucados emocionalmente, além de fisicamente. Os psiquiatras, que eram os “médicos da alma”, não eram em número suficiente para cuidar de toda a demanda. Surge assim a possibilidade dos psicólogos, que até aquela época dedicavam-se às pesquisas, de auxiliar e trabalhar paralelamente aos psiquiatras no atendimento aos doentes. Todo o foco é então colocado na doença mental e em como curá-la. Durante décadas, a Psicologia seguiu por essa linha, por isso não é de se estranhar o preconceito e o receio que existe dessa área.

Hoje, a função do Psicólogo vai além do tratamento dos sintomas já manifestos. Não existe restrição alguma quanto a se recorrer à Psicoterapia em qualquer momento da vida em que surgir a necessidade de engajamento em tal processo. Atualmente, se busca a Psicoterapia para a resolução de questões do dia a dia ou como precaução contra algo de ruim que possa ocorrer, uma vez que a mesma visa fornecer subsídios para que a própria pessoa, entendendo melhor suas características, potencialidades e limites, evite problemas psicológicos maiores.

Sendo assim, a Psicoterapia é um processo de ajuda, de desenvolvimento pessoal e auto-conhecimento, que promove o aumento da percepção que o indivíduo tem de si mesmo.

Já o Coaching tem como foco auxiliar aqueles que, até talvez satisfeitos com suas vidas, buscam alcançar ainda maiores resultados.

Esse trabalho surgiu da área esportiva, onde há um coach (técnico em inglês), que auxilia seus atletas a alcançarem seu maior desempenho. Atualmente, o Coach (profissional de Coaching) atua em todas as áreas: Pessoal (saúde e disposição, desenvolvimento intelectual, equilíbrio emocional), Negócios & Carreira (realização pessoal, propósito e missão, recursos financeiros e contribuição social), Relacionamentos (família, relacionamento amoroso e vida social) e Qualidade de Vida (criatividade, hobbies e diversão, plenitude e felicidade), visando sempre obter crescimento e excelência.

Para tanto, o trabalho do Coach junto ao coachee (cliente de Coaching) é, entre outras coisas, estabelecer metas, descobrir seus valores, manter a motivação, identificar pontos fortes e fracos e a maneira de lidar com os mesmos, criar novos planos de ação, desafiar a ultrapassagem de limitações, auxiliar na trilha rumo à prosperidade.

Através do fortalecimento de algumas capacidades e habilidades tais como: auto-confiança (auto-estima), comunicação, liderança, negociação, entre outras e também da reprogramação de pensamentos e emoções de forma a manterem-se positivas; é possível transformar atitudes (que podem estar estanques, ou não congruentes com objetivos) superando possíveis crenças limitantes e auxiliando na trilha à prosperidade.


Pode-se concluir que ambas as abordagens, cada uma a sua maneira, visam o crescimento da pessoa, ajudando-a a aprimorar seus recursos inatos e a adquirir novos recursos, fornecendo-lhe possibilidades de, uma vez reestruturado, seguir em desenvolvimento contínuo, com autonomia.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Orientando os pais: emoções positivas com as crianças


Do mesmo modo que é preciso atentar para os maus comportamentos e outras diversas questões problemas das crianças e, também colocar limites, é necessário também educá-las para terem emoções positivas e incentivar momentos de bem estar e felicidade.

Martin Seligman cita em seu livro "Felicidade Autêntica - Usando a nova Psicologia Positiva para a realização permanente" 8 técnicas que podem ser utilizadas para "fabricar" esses momentos. De maneira geral, existem 3 princípios que devem ser levados em conta:

A emoção positiva cria e amplia os recursos intelectuais, sociais e físicos que as crianças irão utilizar e ter maior percepção dos mesmos no futuro;

O aumento de emoções positivas pode desencadear uma espiral ascendente de emoção positiva (auto-geração de mais e mais emoção positiva);

Os traços positivos que a criança demonstra são tão reais, importantes e autênticos quantos seus traços negativos.

8 Técnicas para criar Emoção Positiva
1 - Dormindo com o bebê
A orientação é trazer o bebê para dormir na mesma cama em que os pais dormem. Essa solução traz dentre outras vantagens, maior segurança e tranquilidade para o bebê, pois toda vez que acorda já dá de encontro com os pais; suprimindo o medo do abandono, fortalecendo sua psiquê, além do laço com os pais. Além disso, diminui a preocupação dos mesmos quanto a segurança do bebê (parada respiratória, inseto no berço, dentre outros medos). Possibilita também um maior contato do pai, que muitas vezes fica um pouco excluído do relacionamento que grande parte do tempo é mãe-bebê.

Possíveis desvantagens
Pode-se diminuir a preocupação com o fato de machucar o bebê, pois, não existem casos relatados de pais que rolaram por sobre seus filhos.
Pode ser que haja choro e desconforto no momento da separação, mas isto com certeza não irá por a perder todo o trabalho de vinculação e fortalecimento que já fora feito.


2 - Jogos Sincrônicos
Essa sugestão se baseia na percepção de que as ações da criança geram um resultado no ambiente. O não aprender que há contingência entre ações e resultados, gera passividade, depressão e saúde física deficiente. Diferentes jogos podem ser feitos como a criança, como por exemplo: quando ela bater a mão na mesa uma vez os outros fazerem o mesmo, repetindo quando ela testar bater duas ou três vezes. Blocos de empilhar também são interessantes, pois o bebê percebe que ele que os derruba (após um adulto empilhá-los). Deixe sua criativade fluir e/ou lembre-se das atividades de sua própria infância.

Possíveis desvantagens
Essas atividades não irão "estragar" a criança, nem fazê-la sentir-se com pouco controle sobre o mundo quando sair de dentro de sua "bolha". Pelo contrário, irão fortalecê-la para lidar com as situações que encontrar pela frente. Mesmo porque, ela passa por situações pelas quais não tem controle: ficar com a fralda molhada durante algum tempo, enquanto alguém não pode vir trocá-la, dores, fome, dentre outras.


3 - Não e sim
O "não" é uma palavra de grande importância na educação da criança, pois demonstra perigos e limites, mas não deve ser utilizada descabidamente. Os pais confundem o que é inconviniente para eles com o que é perigoso para a criança - e isso sim deve ser prontamente afastado! Quando a criança vai pegar algo, como por exemplo um vaso, pode-se tirá-lo do alcance da mesma ao invés de gritar "NÃO!!!", da mesma maneira quando na ânsia de acariciar seu animal de estimação puxa seus pelos, pode-se dizer "carinho" e mostrar como se faz isso. Se se filho houve um "não" agressivo a todo momento, pode começar a temer se arriscar na vida e pensar que não tem habilidade para executar as coisas.

Possíveis desvantagens
Os possíveis problemas de birra e falta de limites podem ser contornados com negociação e com exemplos. Geralmente as crianças crescem com um grande número de "NÃOs", poucos exemplos positivos, assim como escassas oportunidades de estimular sua criatividade e habilidade de negociação (tal como compreender para que ela serve e quando pode ser adotada).


4 - Elogio e castigo
Elogiar quando a criança faz algo de positivo, traz a ela a percepção de que teve alguma ação para receber aquele resultado e esforça-se ainda mais para garantir que este se mantenha. Do contrário, quando a criança é elogiada incondicionalmente, pode torna-se passiva, uma vez que os elogios virão de qualquer maneira. Além disso pode dificultar à criança reconhecer seus sucessos quando os elogios forem realmente sinceros. Já amor e afeto devem ser oferecidos incondicionalmente, uma vez que quanto maior a presença destes no amiente, mais segura a criança se sentirá. Em função disso, tenderá a maior exploração e adquirirá e desenvolverá habilidades. O castigo deve ocorrer quando há um comportamento indesejável, sendo muito eficaz em sua eliminação, ou na modificação do mesmo. É necessário que seja claro para a criança o motivo exato pelo qual ela está sendo castigada, assim como não devem haver acusações para com a criança e/ou seu caráter, mas direcionadas para a ação específica.

Possíveis desvantagens
Com o castigo e elogio seletivos seu desejo de fazer a criança sentir-se bem a todo momento não será satisfeito, assim como o dela por não receber elogios, ou não tantos quanto gostaria. Isso pode não ser muito fácil no início, mas resulta em benefícios, sendo alguns deles não transformar seu filho em uma criança "mimada", ser realmente honesto para com ele, assim como a eliminação de atitudes desagradavéis ou perigosos.



5 - Rivalidade entre irmãos
A rivalidade entre irmãos, pode existir quando estes sentem-se ameaçados em perder ou ter que dividir a atenção e afeto recebidos. Essa questão pode ser facilmente solucionada proporcionando esses aspectos em abundância para as crianças.
Uma forma de fazer a criança sentir-se segura e não excluída das relações é mostrar confiança nela e proporcionar-lhe mais responsabilidade, de acordo com suas possibilidades. É possível, por exemplo pedir ajuda à filha mais velha para trocar o irmãozinho mais novo, tornando essa atividade um momento a três. Ou, por exemplo, se ocorrer uma situação em que o irmão mais velho machucar-se,
pedir auxílio ao irmãozinho mais novo nas atividades diárias do outro (ajudar a vesti-lo, a amarrar os tênis, pentear os cabelos, etc...)
Possíveis desvantagens
Algo possível de ocorrer utilizando essa abordagem, é o filho sentir-se ainda mais ressentido, caso entenda esse aumento de responsabilidade como imposição. Isso nunca foi visto, mas pode vir a acontecer, principalmente se as responsabilidades extras forem pesadas, ao invés de pequenas e simbólicas.


6 - Tesouros da hora de dormirOs momentos que antecedem a hora de dormir podem ser muito bem aproveitados utilizando duas técnicas: "melhores momentos" e "terra dos sonhos".

Os melhores momentos consistem em resgastar junto aos filhos o que houve de bom durante o dia e ressignificar acontecimentos que não tenham sido sentidos como bons. Isso é possível se obter perguntando para a criança "o que gostou de fazer hoje?" e "aconteceu algo de ruim hoje?". Através dessas duas questões faz-se um levantamento de tudo de interessante que a criança vivenciou no dia e, o que foi visto como não bom, pode ser explicado e compreendido de uma nova maneira. Por exemplo, a criança pode dizer que não gostou do irmão mais novo tê-la mordido. Seus sentimentos e suas percepções são ouvidos, percebidos como importantes, mas lhe é dado um retorno de que seu irmão ainda é um bebê e que tem muito a aprender (permitindo até convidar esse irmão mais velho a ensinar o irmão mais novo a agir de outra maneira).
Ao final do levantamento de todos os dados do dia, faz-se um balanço de quantas coisas boas houveram e quantas coisas ruins.
Quando as crianças estiverem com mais de cinco anos é possível incluir uma previsão para o dia seguinte ("O que vocês farão amanhã?").
A idéia dessa brincadeira é estimular a criança a ter mais pensamentos positivos e ter uma visão positiva sobre sua vida, prática que será internalizada e muito proveitosa no futuro desta.

A "terra dos sonhos" é baseada na constatação de que os últimos pensamentos de uma criança antes de dormirsão repletos de emoção e ricos em imagens visuais, tornando-se a base sobre a qual serão "fabricados" os sonhos.
A qualidade dos sonhos está ligada ao estado de humor do indivíduo e também a seus pensamentos. Através dessa técnica é possível estimular uma vida metal positiva, além de criar sonhos mais prazerosos.
Se utilizada após "melhores momentos" facilita ainda mais o exercício para a criança. Este consiste em imaginar uma cena muito feliz e após formar essa imagem, descrevê-la, dando um nome à ela. Continuar concentrando-se na imagem até adormecer.
Essa estratégia aumenta a probabilidade de sonhos mais felizes e significantes.
Possíveis desvantagens
Uma única desvantagem é os pais terem de abrir mão de fazer alguma outra coisa nesses minutos utilizados com essas atividades.

7 - Fazendo um acordoTodos os filhos passam por momentos de "eu quero", "me dá", cobertos de cenas de birra, choros e malcriação. Uma maneira eficaz de resolver essas situações é deixar claro que a soma de um "me dá" mais uma cara feia, seria definitivamente um "não"! Já se o semblante fosse alegre, haveria a possibilidade de se obter um "sim", como resposta.
As crianças, dificilmente repetem um comportamento que foi motivo de recompensa no passado. Elas têm o pensamento voltado para o futuro, agindo da forma que acreditam que lhes trará recompensas nesse período.
Após todo tipo de castigo e recompensa, quando um comportamento ou hábito se repete é possível se fazer um acordo da seguinte maneira. Buscar algo que a criança queria muito e propor a ela que esse presente lhe será dado mediante essa atitude não mais se repetir (ou para se criar um novo comportamento) e, que se o combinado não for cumprido, pela primeira vez haverá a perda do presente durante um período determinado (por exemplo uma semana) e havendo reincidência, para sempre.
Essa estratégia traz um supresa muito positiva e mantém o comportamento sob ameaça de se perder o prêmio.
Possíveis desvantagens
Não deve se abusar dessa técnica pois a criança pode encontrar nela uma excelente maneira de ganhar presentes, que de outro modo não conseguiria. Ela deve ser utilizada quando todos os outros recursos já houverem falhado (no máximo uma ou duas vezes durante toda a infância).
É importante também não blefar; caso a criança não cumpra com a promessa, o brinquedo deve ser retirado e não mais devolvido.


8 - Resoluções de ano novo
Todo inicio de ano, é interessante a família toda se reunir e cada um se propor a fazer algo de novo nesse ano que se inicia e, após alguns meses fazer uma avaliação de como está o progresso destes objetivos.
A proposta dessa idéia não é corrigir as falhas (não irei mais brigar com minha irmã, limitarei a quantidade de chocolate por semana, etc...) e sim criar algo novo e motivador que se queria atingir (deixando um pouco os tantos "nãos" de lado, pois estes não são fatores que trazem disposição e ânimo para se sair da cama, ou iniciar um ano novo).
Deve se propor a conquistar algo como por exemplo: estudarei inglês e ao final de 6 meses lerei um livro de interesse nesse idioma, aprenderei natação, praticarei caligrafia e terei uma letra mais bonita, entre outros.
Possíveis desvantagens Não há relato de possíveis desvantagens.